Belle & Sebastian.

Belle & Sebastian.
Hand in Hand With The Eletronic Renaissance is Way To Go.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Poema sem Nome.

As máquinas seguem para o trabalho,
seguindo para seguir em sua louca coreografia.
Comportamentos em fuga
daquilo que explica-lhes o porquê.
Arremessado ao mar de ilusão,
nesta neurose massificada,perco o controle de meus medos.

Contemplo seus olhos alegres
e vejo um ponto sublime.
Quero transpassar todas as barreiras,
livrar-me de toda Determinação:
quero a liberdade de declamar um poema
e de dizer "Eu te amo!",quero unir meu Ego ao seu!...

A vontade que tenho é de apenas sentir
o prazer contido nas palavras vivas.
Observo-a no meio da morte.
A angústia sufocada ocultando-se
nas rodas dos carros e nas promessas de amor.
Eu queria que ela estivesse aqui agora,observando-se e vivendo...
Percorrendo os rumos do Nada
encontro a loucura que não quero ser.
A imagem de sua puerilidade
não sai da frente de meu olhar.
É este sofrimento que desejo!
Pois somente assim,eu deixo de ser uma mera abstração.

05/12/2008

Incomunicabilidade.

É estranha a sensação
de não ter a quem dizerpalavras
que me causem o prazer
de abrir completamente o coração.

Ao falar, perco-me no vácuo.
A todo momento perco-me mais um pouco.
Sendo mais e mais louco,
faço parte deste ambiente inócuo.

O Amor falado por mim não é o amor deles.
A dialética de meu desejo comprova isso,
mostrando-me qual é o perigo
de compartilhar a cegueira destes seres

que andam sem sair do lugar.
Suas palavras de significado fixo
tornam o meu desespero prolixo
em algo incolor como o ar.

Aos poucos sinto-me me mais insensível.
Sem esperanças de encontrar
algum ídolo falido que queira ser posto no altar,
volto meus olhos para o terrível

sexo imaginário e sem amor.
No mundo só há dor
e eu não soube suportar este fato.
Por isso estou aqui, isolado.

05/12/2008

Delírios.

Alguém que se encontra muito longe daqui, encrustado no meio do Nada. Indefinição!Alguém que não se casaria com uma dona de casa-de-casa tradicional, com toda a sua determinação...Ouvindo o som da música, sou alguém que não sou aquilo que as pessoas falam que eu sou, pois transcendo, a cada instante, os limites criptográficos que as suas palavras tenatm me impor...Vejo a timidez da Castor rezando para que ela me aceite. Observo os corpos esbeltos sentido um desejo misturado á Náusea.Espero ficar com ela algum dia, passar a noite tomando uns tragos, assistindo filmes, lendo poesias e dando beijos libertadores.Na face do assaltante vejo alguém sem identidade. No rosto do burguês, idem.Na face da criança inocente vejo uma imenente corrupção.Meus momentos são meus, sabia. Fatores de influência, tão-somente. Eu te amo, sabia? Faze-me ir atrás do segredos escondidos nos lugares mais obscurros de minha alma.O saber traz prazer e força.Conversar e ler são as minhas diversões.Eu vi os campos floridos se transformarem, complacentemente, em desertos frios e infernais.Um estranho no Inferno só ouve o silêncio.A única prática de sua teoria é a escamoteação. Por isso fico calado ou digo: 2 + 2 = 5.A realidade concreta é um romance surrealista inacabado.Onde está a Beleza?Só vejo fragmentos seus naqueles belos seios.ah, sim, os olhos da Castor... Lá está ela. Sinto a sensação. O Prazer que cura minha neurose noogênica.O delirio começa a passar. Torno-me alguém feliz em meio a Tristeza dormente. Todos os dias a Matriarca vai para frente de sua casa tentar fazer as vezes de bem apessoada e batalhadora. Ah, sim minha cara... O trabalho é mesmo lindo. Perco-me em palavras para descrever essa beleza que você não vê. Vê aquele cara alí, que julgas o mais perfido do instante em que nos encotramos? Vocês estão no mesmo limbo...Vamos rir! Vamos chorar! Vamos entrar em contato com AQUILO que se aloja em nós! Vamos amar de verdade meu caro amigo.Neste delírio estou muito mais lúcido do que nunca. Minha tristeza é muito mais alegre do que a alegria convencional que testemunhas por aí.Penso na Castor! Sinto o fogo em mim. Quero o Infinito ainda mais quando sinto olhos que me vigiam com admiração.Por isso, neste mar de amargura recalcada que me rodeia, estou feliz!
Composto em:08/01/2009.