A Albert Camus.
Cercado por uma falsa identidade cultural,
vi os cultuadores de tamanha farsa,
sem perceberem o porquê,
tentarem me transformar
naquilo que imagino como um Ser mau:
Um arremedo, uma carcaça!
Todos vendendo-se para continuarem se vendendo.
Eu, absorto em meu canto,
disfarçado por minha triste inquietude,
contemplei as de Terror e Tédio
com um horror estupendo...
Resisti o máximo que pude
à tamanha prostituição.
Fora de mim o falso orgulho
anulava os efeitos mórbidos
pessoas que se davam por ilusórios beijos.
Eles estavam livres do incômodo barulho
produzido por seus vis desejos.
Já eu, mais uma vez, senti
o poder concreto da metafísica da solidão.
Meu humor, aparentemente malsão,
nunca será compreendido
pelos abjetos ritos
executados pelo povo daqui...
(E amanhã tudo irá se repetir...)
(29/07/2008)
quinta-feira, 25 de junho de 2009
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