Belle & Sebastian.

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Hand in Hand With The Eletronic Renaissance is Way To Go.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Desfeito.

Eis-me diante do ser

que todas as minhas ideias ao chão.

E como um iconoclasta

faz-me percorrer os velhos caminhos

como se fossem novos.


Eis a página vazia,

fruto da nova perspectiva

de meu inacabamento concreto,

que me dá a alegria pela presença espiritual

e tristeza pelo não-ser do corpo.


Eis-me eu perturbado,

exaurido e repleto de vigor.

Querendo me elucidar

e mergulhar em seu mistério,

abrasivo e belo como a cor de seus cabelos.


Queria fazer a coisa certa.

Dizer que és toda minha

em momentos fugazmente eternos.

Desejo com toda a força

aspirar teu eu e me revigorar com ele.


Queria saber passar o calor de minhas palavras

de forma que ele te convencesse

a me amar sem receios.

Desejo que sejamos compartilhadores

na estrada sem fim...


Não sei ao certo o que quero.

Talvez uma nova dimensão

daquilo que digo

que te mostre a nova dimensão

de antigos ideais sentimentais


demonstrada por ti a mim

em um modo de ser

que vai ao fundo de tudo,

como quem se perde brincando

e gozando a liberdade...


Ei-me aqui diante de ti,

sem pejo nem bazófia,

apenas te dando o que tenho.

Eu com toda a minha lealdade

ardorosamente apaixonada por ti.


Sinto-me revigorado

por falar contigo, ouvir tua voz.

E triste

por não poder te tocar.

Como num romance machadiano,


teus atos são ambíguos

e tiram-me de meu casulo.

Meu coração palpita,

minha voz falha, gagueja e se rompe:

Quer te dizer tudo.


Eu me sinto desfeito contigo,

necessidade de mudança

e renovação.

E por mais que eu ache motivos,

não sei bem ao certo porque te amo.


Com medo de perder o sono,

quero ser racional

para que algo tão impulsivo

não me soe patético.

Porém é perda de tempo.


Nunca foi patético.

E por mais que eu ache

algo estranho me apaixonar tão velozmente,

eu vejo que não sou mais a conduta

que te conheceu.


Sou o mesmo, mas sabedor

da necessidade que tenho de tua força.

E ao dizer isso, percebo porque

me cativas tão rapidamente,

tão impulsivamente:


És viva como a própria vida

e bela por seres comum.

E todo seu lirismo é puro,

pois fala de ti

sem negar teu ser.


É nele que quero me perder

e me achar.

Nele quero ser nós.

E nele quero estar

fora do tempo.



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