Nossas ideias se chocaram e tua espontaneidade me prendeu. E cada vez que te ouvi falar, queria ouvir ainda mais. Repentinamente um calor surgiu em mim e eu me deparei com um novo mundo em que a arte está na banalidade das coisas e todas as palavras ganham relevo e beleza por sua pequenez.
Eu te amo pelo que és. E o que és é numerado por mim para se tornar incomensurável. Não quero namorar contigo pois seria fixar o profundo em uma palavra morta.
Quero percorrer as ruas contigo, tocar em teu rosto, ouvir tua voz de que como Caeiro apenas se preocupa em sentir e descobrir a vida.
E me perco em teu olhar como quem se perde em uma sinfonia. Contemplo teu ser como quem olha os versos mais profundos e belos de uma poeta liricamente rebelde.
Nem mesmo os gritos das almas mortas podem quebrar tua aura brilhante. Quero te ver livre e sentir a dor da tua ausência pois isso é a existência e ela é bela pela liberdade e minha liberdade me prende e a ti.
Quero ir ali, acolá, longe, perto... Ter meus afazeres e minhas obrigações. Porém quero que saibas que em todas não estarei pensando em ti.
Estarei envolto por teu ser e intuitivamente te sentirei dentro e fora de mim.
Em meu todo.
(31 de julho de 2011.)
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